Loucos sonhos me chamando,
Gritos tensos me espantando ...
Meu coração, em chamas,
Duvida que me amas,
Explode, se perde na noite
Temendo o açoite
De um caçador solitário
(Ou de um pobre otário).
Tenho que me controlar ...
Mas como, se ouço o berrar
De ecos perdidos,
A tempos esquecidos,
Que me atingem e lembram
Que os sonhos me espreitam
Na vaga silhueta da noite?
Essa euforia que me domina
É como uma praga sem rima,
Que me engana, confusa,
Se torna difusa,
Se acalma e deita
Enquanto espreita
A vaga silhueta da noite.
Sou o fogo e a brisa,
Sou o altivo que precisa
De um sincero amor.
Sou o fogo e a brisa,
Sou o fraco que avisa
Ser um grande sonhador.
Meus sonhos não mais me respeitam.
Os prelúdios tênues do dia espreitam
A vaga silhueta da noite …
• © Paddy Ryan • 11 de junho de 1989 •
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